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Alimentação e Produtividade.
Provavelmente, você já deve ter ouvido a famosa frase: “você é o que você come”. Apesar de ser um clichê, essa expressão é bem verdadeira, pois são os nutrientes dos alimentos que ingerimos que abastecem nossas células e constituem nosso corpo.
A alimentação influencia diretamente na produtividade dos funcionários e, muitas vezes, a necessidade de uma reeducação alimentar causa uma série de problemas, como: indisposição, fadiga, má digestão, além de causar danos seríssimos à saúde mental e física.
No ambiente corporativo, a relação entre a alimentação saudável e o desempenho profissional é muito grande — os reflexos são facilmente percebidos no desempenho e produtividade de um colaborador. Quer compreender melhor essa relação? Continue a leitura e confira!
A alimentação saudável e a produtividade
A relação entre alimentação saudável e produtividade já foi tema de estudos inclusive da Organização Internacional do Trabalho, atestando que uma alimentação inadequada no ambiente de trabalho pode reduzir até 20% da produtividade e da eficiência dos colaboradores.
Uma alimentação saudável e balanceada, com a possibilidade de um acompanhamento nutricional, é a base para manter nosso organismo e fornecer os nutrientes necessários para realizarmos as atividades do nosso dia a dia com eficiência.
Se o sistema digestivo estiver comprometido pela falta ou pelo excesso de nutrientes, outros sistemas do corpo humano serão afetados, como a memória, o raciocínio e a concentração — processos cerebrais essenciais para o desenvolvimento de qualquer atividade.
É seguro dizer que a alimentação pode ser responsável pelo baixo rendimento de um profissional em muitas situações, independentemente do tipo de atividade que ele exerce. Logo, incentivar melhores hábitos alimentares é um investimento não só na saúde dos funcionários, mas também para os resultados da empresa.
Se somos o que ingerimos, o que será de uma equipe que se alimenta mal? Inicialmente, podemos pensar que será uma equipe com a saúde mais fragilizada, vulnerável e com baixo desempenho.
Claro que existem outros impactos que afetam diretamente o desempenho do colaborador. Mas, uma alimentação saudável pode trazer vários benefícios para a empresa — dentre eles, o tão almejado aumento da produtividade.
A importância da alimentação saudável
Os altos índices de afastamentos por doenças ou dificuldades de exercer alguma função muitas vezes são desencadeados por distúrbios, como a obesidade, insônia e doenças crônicas. Além de acometer uma grande parcela dos profissionais no Brasil, a má alimentação contribui muito para o desenvolvimento desses fatores.
Pessoas que têm uma alimentação balanceada e saudável são mais vigorosas e dispostas para cumprirem a jornada de trabalho, mesmo naqueles dias que parecem mais longos e cansativos.
Manter a educação alimentar no trabalho é importante para afastar doenças, como anemia, hipertensão, diabetes, entre várias outras que podem contribuir para a elevação do índice de absenteísmo.
Em uma alimentação saudável, determinados nutrientes, como o ômega 3, ajudam a constituir a chamada bainha de mielina, membrana que envolve os neurônios e otimiza o funcionamento cerebral. Assim, há uma melhora do raciocínio, da memória e da concentração.
É por isso que o mundo corporativo vem adotando cada vez mais a promoção da alimentação saudável como estratégia de qualidade de vida no trabalho. E o resultado é muito satisfatório, assim como o retorno sobre o investimento.
Não somente o plano de carreira e benefícios tornam um ambiente próprio para maior produtividade. A alimentação tem papel fundamental e, quando ignorada, pode comprometer os resultados.
Os benefícios da alimentação saudável
Uma refeição saudável e nutritiva traz diversos benefícios para o ser humano, seja no ambiente laboral ou fora dele. Se alimentar bem é um verdadeiro investimento pessoal — em longevidade, vitalidade e disposição para exercer todas as atividades na vida, profissional e pessoal.
Consumir verduras, legumes, carboidratos e proteínas, controlar o consumo de bebidas alcoólicas e praticar atividades físicas representa um conjunto de boas práticas para melhorar nesse sentido. Veja, a seguir, alguns dos principais benefícios da alimentação saudável.
Melhoria no desempenho
Aquela fadiga causada pela alimentação em excesso e gordurosa, que deixa a pessoa com o metabolismo lento, comprometendo seriamente seu desempenho. Esse é um impacto notável quando um funcionário não se alimenta bem e evidenciado por indicadores de produtividade.
Ao contrário, quando o funcionário se alimenta de forma balanceada e adequada, o desânimo após a refeição se esvai e ele retoma as atividades com disposição e energia, o que fatalmente evidenciará o aumento no nível de entrega.
Qualidade de vida
O conjunto de fatores — sono, sistema imunológico, estresse, humor — que proporciona a qualidade de vida ao ser humano pode ser harmonizado por uma alimentação enriquecida e balanceada.
Uma alimentação equilibrada, em horários definidos e sintonizada com as necessidades de cada um, mantém o bom funcionamento do corpo e evita o desenvolvimento de doenças oportunistas à espera de uma baixa na imunidade para se alojar.
A obesidade é uma grande preocupação nos dias atuais. Além de uma enorme oferta de alimentos gordurosos, as pessoas estão cada vez mais sedentárias, o que acaba prejudicando o bem-estar físico e mental.
Logo, investir em uma boa alimentação e estimular a adoção de melhores hábitos, é a garantia de uma equipe disposta e engajada, com maior desempenho e qualidade de vida.
Redução de acidentes de trabalho
A alimentação inadequada torna o funcionário disperso e apático e, em determinadas funções, a atenção é vital para evitar acidentes que trazem danos seríssimos ao profissional e à empresa.
Sendo assim, os acidentes de trabalho também podem ser evitados através de uma boa alimentação, que garantem colaboradores mais dispostos e atentos aos riscos da sua atividade.
Redução de custos com doenças
O absenteísmo afeta a empresa e seu desenvolvimento. Um funcionário ausente, além de comprometer a produtividade, por não poder contar com a mão de obra, impacta também nos custos da empresa.
Nem sempre a empresa conseguirá substituir um funcionário de licença médica prolongada, o que deixa uma lacuna no processo produtivo. A melhor estratégia é cuidar preventivamente da saúde do trabalhador, oferecendo meios para manter bons hábitos e qualidade de vida.
Investir na boa alimentação é um grande passo para evitar esses contratempos, tanto para o colaborador como para a empresa, o que certamente reduzirá os custos da empresa a longo prazo.
Melhora do humor, satisfação com a empresa e redução da rotatividade
É importante que a empresa demonstre que se preocupa com o bem-estar da equipe, pois a satisfação do funcionário é um fator essencial para o sucesso de ambas as partes — a fidelização nasce do sentimento de cuidados mútuos.
Ao fomentar melhores hábitos, como alimentares, o colaborador percebe esse cuidado, reduzindo inclusive a rotatividade.
A alimentação saudável também pode contribuir para evitar o mau humor ao liberar hormônios que intensificam a sensação de felicidade e tranquilidade. Uma equipe motivada é sinônimo de colaboração e compromisso coletivos.
Melhor concentração e memória
Ao consumir nutrientes que são bons para o organismo, em quantidades certas, o funcionário pode aumentar o nível de concentração e alcançar êxito nas atividades. Existem nutrientes, inclusive, que são favoráveis à melhora da concentração e da memória — é essencial inclui-los no cardápio.
Os alimentos importantes para o funcionamento cerebral
Alimentar-se bem ajuda a manter a saúde física e mental. Sentindo-se bem disposto, o trabalhador consegue ter mais ânimo e foco para desempenhar suas tarefas. Maria Janaína Cavalcante, coordenadora de vigilância nutricional da Secretaria Estadual de Saúde de Goiás, afirma que:
“melhor produtividade, menos acidentes de trabalho, menor índice de atestados médicos e boa saúde. Esses são os benefícios para os trabalhadores que se alimentam de forma correta e saudável”.
Dessa forma, é interessante estimular o consumo de alguns alimentos no ambiente corporativo, pois eles contêm nutrientes importantes para o funcionamento cerebral, aumentando a concentração e a memória e melhorando o raciocínio. Veja alguns exemplos:
- Alguns alimentos, como linhaça, peixes, azeite extra virgem, óleo de coco e frutos do mar, são ricos em ômega 3, um ácido graxo, ou seja, uma gordura de boa qualidade que compõe a “bainha de mielina”, uma membrana que reveste os neurônios e que é fundamental para o funcionamento deles;
- Ovo, brócolis e couve-flor são ricos em colina, um nutriente que é um importante precursor da acetilcolina — neurotransmissor importante para o funcionamento cerebral;
- Nozes e castanhas, além de terem ômega 3 em sua composição, também contêm zinco e selênio, nutrientes importantes para o melhor funcionamento cerebral;
- Couve, rúcula, agrião, brócolis e outras folhas e vegetais de cor verde-escura, feijão, lentilha, ervilha, abacate e fígado bovino contêm ácido fólico (vitamina B9), nutriente importante para o desempenho cognitivo.
Os alimentos que evitam lesões e aumentam o sistema imunológico
Uma dieta saudável e equilibrada oferece nutrientes importantes não apenas para o funcionamento adequado do cérebro, mas também para os sistemas imunológico e musculoesquelético, abrangendo todo o organismo.
Colaboradores que se alimentam de forma adequada são menos suscetíveis ao adoecimento, são mais dispostos e produzem mais e melhor. Veja mais alguns exemplos de alimentos que devem ter o consumo estimulado:
- Alimentos ricos em proteínas, como ovo, carnes e laticínios, devem ser incluídos na dieta para ajudar a musculatura a se manter forte e menos suscetível a lesões;
- Alimentos de cor verde-escura, como couve, rúcula e os laticínios, são ricos em cálcio — nutriente fundamental para a saúde óssea e para a contração muscular — que, em quantidades adequadas na dieta, protege o sistema osteomuscular de lesões;
- A vitamina E encontrada em peixes e óleos vegetais, como o azeite; a vitamina C encontrada nas frutas cítricas e a vitamina A, que pode ser obtida em leite, carnes, ovos e alimentos de cor alaranjada, têm ação antioxidante importante para o sistema imunológico e para a prevenção de envelhecimento celular precoce e têm ação anticancerígena.
As consequências de uma alimentação inadequada
A adoção de hábitos alimentares saudáveis não só combate o sobrepeso, mas também afasta outras doenças relacionadas, como: diabetes, hipertensão arterial e doenças cardíacas.
Uma alimentação inadequada tem o efeito contrário, levando os colaboradores ao excesso de peso e ao adoecimento. Além das doenças crônicas, quem se alimenta mal fica mais suscetível a infecções e ao desenvolvimento de LER (Lesão por Esforços Repetitivos) e DORT (Dores Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho).
Os nutrientes entram na composição e no funcionamento de todo o organismo. O desequilíbrio na alimentação leva à falta desses nutrientes no corpo, e a saúde da pessoa fica prejudicada.
As consequências de uma alimentação inadequada são sérias e causam graves danos à saúde ao longo dos anos. Os mais comuns em curto e médio prazo são cansaço, mau humor, falta de concentração, sonolência durante o dia e insônia à noite, além do tão temido sobrepeso.
Sendo assim, uma alimentação saudável colabora para a prevenção e o tratamento de doenças crônicas e ainda contribui para um melhor estado geral de saúde, evitando uma série de problemas que afetam a vida em geral.
A forma de promover uma alimentação saudável na sua empresa
Além de incentivar o consumo de determinados alimentos e promover uma conscientização geral dos colaboradores, uma forma eficiente de proporcionar uma mudança de hábitos alimentares é por meio da reeducação alimentar.
Com um programa de reeducação alimentar, os colaboradores serão orientados a adotar melhores hábitos não só no ambiente corporativo, mas por toda a vida. O programa contempla o diagnóstico nutricional dos colaboradores, a partir de uma análise completa e individual, além de orientações de um nutricionista.
Tais orientações são repassadas de acordo com as necessidades do colaborador, a partir dos conceitos de grupos alimentares, como: energéticos (carboidratos), construtores (proteínas), reguladores (frutas e verduras) e energéticos extras (óleos, gorduras e açúcares).
Uma prática simples e que traz grandes benefícios. Além de incentivar uma alimentação saudável, perpetua melhores hábitos, como a redução do consumo excessivo de álcool e o tabagismo. Esses aspectos são cruciais para completar a qualidade de vida e proporcionar mais saúde.
Assim, o colaborador passa por um trabalho intenso e construtivo, aprende mais sobre alimentação e sobre seu próprio organismo, conscientiza-se e obtém o apoio necessário para modificar seus hábitos alimentares.
Investir em estratégias para a promoção da alimentação saudável é uma forma muito eficiente das empresas cuidarem de seus colaboradores. Colaboradores que se alimentam bem são mais saudáveis, portanto, adoecem menos e, consequentemente, faltam ou afastam-se com menor frequência.
Em entrevista à Revista Viver Brasil, Anízio Dutra Vianna, gerente de inovação e sustentabilidade do Sebrae, apontou como o processo de reeducação alimentar favorece a motivação para trabalhar, assim como a diminuição da ansiedade e do estresse. Ele diz que:
“tudo passa por um processo de reeducação alimentar, de conscientização da importância da atividade física. Quem tem hábitos saudáveis vai render mais, em relação a tudo”.
Além disso, uma alimentação saudável consegue aumentar o tempo de concentração e melhorar a memória e o raciocínio, deixando o funcionário mais focado e mais produtivo — os ganhos são evidentes em motivação e satisfação da equipe.
Fonte: https://beecorp.com.br/alimentacao-saudavel-e-desempenho/#:~:text=A%20rela%C3%A7%C3%A3o%20entre%20alimenta%C3%A7%C3%A3o%20saud%C3%A1vel,e%20da%20efici%C3%AAncia%20dos%20colaboradores.