Como a ergonomia ajuda a evitar acidentes de trabalho

R$ 72 bilhões por anos. Este é o custo dos acidentes e doenças do trabalho no Brasil, o equivalente a quase 9% da folha salarial do País. Esta cifra absurda vai muito além dos números, pois refere-se a muito sofrimento e perda de vidas. Elaboramos este post para ajudar você a ficar por dentro de tudo que precisa saber sobre acidente de trabalho e, com isso, praticar a sua prevenção.

Afinal, o que é acidente de trabalho?
 

É muito comum que as pessoas associem acidente de trabalho a acidentes que ocorrem durante a atividade, quando abrangem, também, as doenças profissionais e/ou ocupacionais. Pela definição da lei, acidente de trabalho é aquele que ocorre durante a execução de um trabalho a serviço de uma empresa, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. Neste contexto, existem três diferentes tipos de acidente de trabalho:

 

Tipos de acidente de trabalho
Típico
É o tipo de acidente mais comum. Acontece dentro da empresa durante o horário de expediente. É o caso, por exemplo, de quando o trabalhador cai de uma escada ou se machuca ao manusear um equipamento pesado.

De trajeto
Ocorre durante o percurso do trabalhador de sua casa até o local de trabalho, tanto no início e final do expediente quando no horário de almoço.

Atípico (ou doença do trabalho)
São os acidentes que ocorrem dentro ou fora da empresa, devido ao exercício do trabalho, que a lei assemelha aos acidentes de trabalho típico.

Atípico
Os acidentes de trabalho atípicos descritos nos artigos 20 e 21 da Lei nº 8.213/91 são:

– Doenças profissionais;

– Doença do trabalho;

– Acidentes que, embora não tenham sido a única causa, contribuíram diretamente para a morte ou perda da capacidade laborativa;

– Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por colega de trabalho ou terceiro;

– Imprudência, negligência ou imperícia de colega de trabalho ou terceiro;

– Ato de pessoa privada do uso da razão;

– Desabamento, inundação, incêndio e outras fatalidades;

– Contaminação acidental durante o trabalho;

– Acidente sofrido na execução de ordem ou realização de serviço fora do horário e local de trabalho;

– Acidente em viagem a mando da empresa, inclusive para estudo e capacitação quando financiada pelo empregador;

– Acidente durante os períodos destinados a alimentação e descanso.

Tipos de prejuízos
 

Cada empresa e cada caso tem as suas particularidades, mas, de forma geral, podemos afirmar que as diversas fontes de custos dos incidentes e acidentes podem impactar no cálculo de três formas possíveis:

Por evento: valores exclusivamente gastos em função de um acidente específico, tais como hospitalização de funcionário, reparo em equipamentos, pagamento de multas, etc.

Por tempo dos funcionários envolvidos: nesta categoria devem ser enquadrados os gastos extras com reuniões de investigação de acidentes, palestras de segurança, etc.

Por tempo de parada de processo ou maquinário: aqui devem ser contabilizados os custos de parada de processo, levando em consideração os mesmos valores usados pelos departamentos financeiros na construção do custo dos produtos ou serviços ofertados pelas empresas.

 

Como evitar os acidentes de trabalho
 

O melhor é, sempre, investir na prevenção, assim, além da empresa demonstrar sua preocupação com cada funcionário, os próprios custos quando comparados a um eventual acidente, acabam sendo muito menores. Confira 7 dicas básicas e aplique na sua empresa.

1. Invista no treinamento
Como treinamento adequado, o funcionário conhecerá melhor a função que será exercida, garantindo que estará preparado para executar o trabalho, sem oferecer riscos ou prejuízos à equipe e ao empregador.

2. Comunique sobre as condições de trabalho
O empregado deve conhecer os riscos e condições relativas à função e ao espaço em que irá operar. Essa informação deve ser garantida por meio do treinamento, da fixação de avisos em paredes e murais, e utilizando a divulgação de informes e sinalizações específicas nos equipamentos em todo o ambiente.

3. Ofereça Equipamentos de Segurança corretos
É obrigação da empresa oferecer os Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) aos funcionários que exercem atividades de risco. O responsável deve pelo fornecimento e acompanhamento deve, ainda, fazer vistorias frequentes para certificar que os equipamentos estão sendo utilizados de forma correta, evitando acidentes de trabalho. Além de verificar o seu uso, a empresa é responsável por fornecer EPI’s adequados as medidas do colaborador e demonstrar a forma correta do uso do EPI por meio de treinamentos ou palestras.

4. Invista em Ergonomia
A Ergonomia no ambiente de trabalho oferece aos colaboradores conforto e métodos de prevenção a acidentes e patologias ocupacionais, as chamadas doenças do trabalho. Pela definição doenças do trabalho são aquelas que expõem o usuário a riscos ergonômicos, ambientais e de acidentes que dependendo da atividade exercida pelo trabalhador, acabam alterando a sua qualidade de vida, bem-estar e saúde.

No caso da LER/DORT, por exemplo, quando não aplicado um planejamento ergonômico adequado, essas doenças podem acometer os colaboradores. A LER (Lesão por esforço Repetitivo) e DORT (Doença Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são doenças causadas pelos movimentos repetitivos, esforço excessivo e má postura, que sobrecarregam os nervos, músculos e tendões. Caso você esteja chegando agora no blog e perdeu os nossos artigos anteriores sobre Ergonomia, seguem duas sugestões para você ler:

5. Crie uma CIPA e cuide bem dela
Se você ainda não tem CIPA, ou não sabe o que a sigla significa, nós explicamos: é uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA). Eleita pelos próprios empregados e formada por um grupo de trabalhadores da instituição, a CIPA tem o objetivo de traçar um mapa dos riscos e implementar ações de prevenção de acidentes.

Em muitas atividades ela é parte de Norma Regulamentadora (NR-5) para a garantia de melhores condições de saúde e trabalho a todos os funcionários. É fundamental que os colaboradores tenham um bom relacionamento com a CIPA e sigam as orientações relacionadas à utilização dos EPIs e aos conteúdos divulgados para a equipe. Procure deixar bem claras junto a sua comissão, as ações que serão executadas no caso de algum incidente.

6. Invista na capacitação da sua CIPA
Investir na sua CIPA reduz as chances de acidentes, pois você promove a qualificação da comissão e os motiva a fazerem um trabalho ainda melhor. Existem muitos cursos criados para contribuir com a eficiência da equipe de prevenção de acidentes.

7. Utilize sistemas de comunicação rápidos

Essenciais, por meio de um bom sistema de comunicação é possível contatar toda a equipe para, por exemplo, desocupar rapidamente uma área em risco ou remover trabalhadores feridos. Prevenir acidentes de trabalho vai muito além de afastar as indenizações, trata-se de  manter a qualidade do serviço prestado e reforçar a produtividade. Sem falar que um quadro de colaboradores seguro e saudável fortalece uma imagem positiva da empresa junto ao mercado de trabalho.

A ergonomia e a redução de custos
 

Adotar ações preventivas vem se mostrando uma poderosa ferramenta na redução de custos, principalmente, no caso dos problemas de saúde relacionados ao trabalho. E a ergonomia organizacional cumpre esse papel com excelência. Muitas doenças do trabalho são consequência da exposição do usuário a riscos ergonômicos, ambientais e de acidentes. Quando o trabalhador está exposto a algum tipo de risco, haverá uma consequência, dependendo da atividade que é exercida, alterando a qualidade de vida, o bem-estar e a saúde. No caso da LER/DORT, por exemplo, quando não aplicado um planejamento ergonômico adequado, essas doenças podem acometer os colaboradores. A LER (Lesão por esforço Repetitivo) e DORT (Doença Osteomusculares Relacionados ao Trabalho) são doenças causadas pelos movimentos repetitivos, esforço excessivo e má postura, que sobrecarregam os nervos, músculos e tendões.

 

A fim de orientar as ações que devem ser tomadas pelo profissional de ergonomia dentro de uma empresa ou organização existe uma norma regulamentadora bem específica, a NR 17. Ligada a nossa legislação trabalhista, ela coloca na forma de lei as práticas ergonômicas que devem ser adotadas em diferentes setores produtivos, através da obrigatoriedade de se fazer, por exemplo, uma Análise Ergonômica do Trabalho – AET. 

Normas como a NR 17 protegem os colaboradores e auxiliam as empresas a evitarem o alto número de afastamentos. É essencial que o setor de segurança do Trabalho se faça presente na empresa para estruturar esse ambiente ergonomicamente, de forma que os usuários possam desempenhar suas atividades sem riscos. Ou seja, a prevenção continua sendo a melhor solução para promover a integridade física. Inclusive o custo-benefício dos métodos ergonômicos utilizados minimizam as despesas para as empresas com os custos de indenizações.

# Posicione as pernas em um ângulo de 90º e mantenha os pés ao chão ou apoiados. A boa postura das pernas evita a tensão nas articulações e evita a compressão das coxas.

# Mantenha a cabeça e pescoço alinhados. Os olhos devem estar no centro do monitor e é importante ter uma distância de 40 a 70 cm para que fique confortável e não canse a visão.

# Sente na cadeira sobre o ossinho do bumbum e volte o quadril um pouco para frente.  Mantenha as costas apoiadas no encosto e os ombros levemente para trás. Evite sentar na ponta do assento.

# Apoie o antebraço sobre a mesa, mas evite que os cotovelos fiquem para baixo.

# Faça intervalos para reduzir a pressão nos discos vertebrais, tensões na coluna, ombros e na área cervical e para melhorar a circulação sanguínea (Dica: pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados).

# Alongue o seu corpo, sobretudo braços, pescoço, costas e pernas. Participe da ginástica laboral se a empresa oferece ou fora do emprego, pratique atividades como ioga ou pilates, são ótimos para o fortalecimento dos músculos abdominais que ajudam a sustentar a coluna e aumentar a flexibilidade.

# Beba água. Hidratar-se ajuda as articulações e músculos ficarem lubrificados.

Qualidade de vida = produtividade garantida

Acreditamos, que a educação estimula a adoção de novos hábitos, agora que você já sabe (quase) tudo sobre acidentes de trabalho. Que tal repensar a sua empresa? Um ambiente que ofereça qualidade de vida impactará diretamente na vida dos seus colaboradores pessoal e profissionalmente, trazendo uma melhor performance e a produtividade.

 

Fonte: http://www.reliza.com.br/blog/2017/como-ergonomia-ajuda-evitar-acidentes-de-trabalho/

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