Como utilizar business Intelligence na saúde ocupacional?

Contudo, a utilização de ferramentas de Business Intelligence (BI) pode facilitar as análises e embasar a tomada de decisão dos profissionais da saúde ocupacional. Isso porque elas consolidam todos os dados, mantendo-os sempre atualizados, e fornecem informações precisas sobre os índices, auxiliando no momento de fazer diversos cálculos ou na criação de relatórios e gráficos.

1. Dados x Informação
A gestão dos negócios da empresa é repleta de dados que, vistos isoladamente, não agregam nada para sua vida. Contudo, ao serem cruzados com números de outras áreas, começam a oferecer subsídios para a tomada de decisão.

Por exemplo, a entrega de atestados de afastamento de 10 colaboradores para a área de Recursos Humanos pode não ser vista como um problema para seus integrantes. Porém, isso significa um aumento nas despesas e nos custos operacionais da companhia, afeta diretamente sua margem de lucro e gera dificuldades para o setor administrativo.

O uso de BI pode relacionar os dados de forma estruturada. Com isso, a simples introdução de dados sobre uma nova ocorrência de afastamento já calcularia automaticamente o tempo de ociosidade, os custos financeiros, a taxa de frequência e outros dados relacionados à saúde ocupacional e à gestão da empresa.

2. Saúde Ocupacional x outros custos
O percentual de investimento na prevenção, comparado às despesas decorrentes dos acidentes, afastamentos ou reabilitação de pessoas com doenças ocupacionais é uma poderosa arma na hora de justificar, analisar ou explicar os gastos com a saúde ocupacional.

Uma boa forma de indicar esse percentual é utilizando o BI para mostrar dados dos custos operacionais da empresa e compará-lo graficamente com os custos de prevenção e os gastos com acidentes de trabalho. Na maioria das organizações e segmentos de mercado, esses valores serão menores a 1% de seus custos operacionais. No entanto, o investimento na prevenção pode reduzi-los ainda mais.

3. Custo per capita com Saúde Ocupacional
O valor gasto mensalmente com a saúde ocupacional dividido pela quantidade de colaboradores da empresa é um outro bom indicador que ajuda tanto na análise da efetividade quanto na justificativa dos investimentos nesta área.

Além disso, em períodos em que a frequência dos acidentes sejam maiores, esta análise pode apontar para a necessidade investimentos em determinadas práticas ou equipamentos.

4. Identificação de tendências
Assim como o negócio possui sazonalidades, na saúde ocupacional pode haver momentos em que determinados tipos de acidentes passam a ocorrer com maior frequência. Detectar e acompanhar essas tendências com a elaboração de relatórios mensais ou com a apuração de resultados periódicos é praticamente impossível. Afinal, muitas vezes será tarde demais para investir em prevenção.

Um BI pode ser configurado para identificar e gerar alertas de tendências para os gestores, possibilitando que um planejamento preventivo seja elaborado no início de um ciclo de crescimento de um tipo específico de acidente. Dessa forma, a empresa economiza com custos, torna o ambiente de trabalho mais seguro e ainda evita possíveis multas ou penalizações do Ministério do Trabalho.

Uma ferramenta de Business Intelligence é fundamental para uma análise em tempo real da situação da empresa, bem como para apoiar o planejamento e a construção de planos de ação para a prevenção de acidentes de trabalho. Já a tentativa de analisar dados não consolidados tende a dificultar e a gastar tempo dos gestores com construção de gráficos que quase sempre não conseguem cruzar as informações mais relevantes para a tomada de decisão, gerando uma miopia na gestão.

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