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Ergonomia organizacional
Ergonomia organizacional é toda prática que a empresa realiza para gerar benefícios para a saúde dos profissionais e melhorar o clima interno. Diz respeito a ética, as políticas organizacionais, a comunicação, gestão e qualidade nos processos, além de outros aspectos do contexto empresarial.
Investir em ergonomia organizacional é uma ótima ideia para melhorar as condições de trabalho na empresa e, assim, aumentar a motivação e produtividade da equipe. No entanto, muitos ainda desconhecem esse termo e o seu impacto na gestão de pessoas.
O que é Ergonomia Organizacional?
Ergonomia é um termo bastante conhecido e associado à qualidade de vida do colaborador. Basta pensar na palavra que automaticamente vem a imagem da necessidade de montar mesas de trabalho que não causem danos físicos ao trabalhador, com equipamentos e móveis na altura correta, além do uso de acessórios especiais para evitar desgastes nas articulações, coluna e outras partes do corpo dos funcionários.
Ações como essas são, comprovadamente, benéficas para a saúde dos profissionais, o clima interno e até para a empresa. Afinal, contribuem para aumentar a motivação dos colaboradores e evitar problemas — até legais — para o negócio.
No entanto, esse é apenas um dos campos deste conceito: existe um termo mais abrangente e igualmente importante — a ergonomia organizacional. Esse conceito se refere à relação do colaborador com seu ambiente de trabalho, buscando o melhoramento das condições para benefício de todos os envolvidos.
Essa questão não se resume a móveis ou a promoção de ginástica laboral, mas sim compreende toda estrutura da empresa. Assim, a ergonomia organizacional abarca áreas como:
- Estrutura organizacional;
- Sistemas sociotécnicos;
- Processos;
- Projetos;
- Políticas internas;
- Cultura organizacional;
- Comunicação interna;
- Clima interno;
- Relacionamentos;
- Trabalho em equipe;
- Ética;
- Satisfação;
- Gestão do trabalho;
- Recursos humanos.
Desta forma, é fácil entender como a ergonomia organizacional é uma área abrangente — compreendendo desde o lado técnico e operacional às relações humanas. Isso também deixa claro como este conceito é importante para o bom funcionamento da empresa e desenvolvimento de uma dinâmica saudável nas equipes.
A Importância da Ergonomia Organizacional
Essa questão não é um luxo ou algo supérfluo: investir na ergonomia organizacional é uma estratégia vantajosa tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa — e por diversas razões.
Qualidade de vida
Se a ergonomia física já gera benefícios para a saúde do colaborador, imagine aplicar essa lógica a uma esfera maior. Esse conceito ajuda a impactar positivamente o ambiente de trabalho, adequando diversas frentes para melhorar a qualidade de vida dos profissionais na empresa.
A ergonomia organizacional também ajuda na redução de riscos e de problemas no trabalho, que prejudicam a saúde — inclusive mental — dos colaboradores, a motivação, o engajamento e a dinâmica interna.
Nesse sentido, há a diminuição de outros índices negativos, como afastamentos e absenteísmo, que impactam a produtividade e o clima na empresa.
Motivação e engajamento
Ao melhorar a qualidade de vida, a ergonomia organizacional também contribui para fortalecer dois elementos importantes: a motivação e o engajamento. Sem eles, os profissionais não conseguem se dedicar ao serviço e serem produtivos como deveriam.
O cuidado com a saúde e condições de trabalho faz os colaboradores se sentirem valorizados, fortalecendo assim sua motivação e engajamento, além de contribuir para melhorar o clima organizacional.
Produtividade
Todos esses itens acabam colaborando, mesmo que indiretamente, para aumentar a produtividade dos profissionais. Um ambiente saudável e motivador permite com que os funcionários estejam mais dispostos e confiantes a realizar seu trabalho, inclusive melhorando a qualidade do seu serviço.
Assim, cuidar da motivação e bem-estar dos funcionários é uma forma de aumentar a produtividade da equipe e, assim, os resultados do negócio.
Retenção de talentos
Um dos maiores problemas que as empresas enfrentam é a alta rotatividade e perda de talentos. Isso traz prejuízos produtivos, financeiros e intelectuais a um negócio, que precisa se empenhar novamente no esforço de encontrar, contratar e treinar novos funcionários para ocupar a posição vaga.
Um clima saudável estimula a motivação, engajamento e produtividade dos colaboradores — fatores que ajudam os talentos a se manter na empresa. Se o emprego é satisfatório, não há motivos para sair e, pior, ir para a concorrência. Desta forma, os talentos se mantêm na organização e a ajudam a lutar por seu sucesso.
Todos esses pontos mostram como a ergonomia organizacional é uma estratégia que pode gerar bons frutos na empresa, fortalecendo o seu interior para aumentar os resultados com o público e o espaço no mercado.
No entanto, mesmo conhecendo os benefícios, muitos têm dúvidas a respeito de como implantar esse conceito em um negócio.
Como adotar a Ergonomia Organizacional?
É interessante pontuar que existem vários tipos de ergonomia. As principais são:
- Ergonomia física: a mais conhecida, que envolve os cuidados com a saúde e conforto para evitar doenças ocupacionais e desgaste dos colaboradores. Ginástica laboral, cadeiras e equipamentos ajustados ao tamanho do funcionário e acessórios especiais são alguns dos itens e medidas dessa categoria;
- Ergonomia cognitiva: é ligada à saúde mental dos profissionais e trabalha questões como emoção, memória, raciocínio, percepção e cognição. A diminuição do estresse e a melhora no uso dos equipamentos são considerados neste item.
Alguns consideram também a existência da ergonomia participativa, que seria o planejamento e gestão da qualidade dos processos da própria ergonomia na empresa, contando principalmente com a cooperação das lideranças nesse trabalho. Ou seja, é um comitê que garante a implementação e conscientização na organização a respeito do tema.
Esse grupo pode ser uma grande ajuda ao adotar a ergonomia organizacional, juntando ideias e estratégias para melhorar o ambiente e condições de trabalho. Algumas questões são reguladas por meio de legislações e regras específicas — como a NR 17 (Norma Regulamentadora, do Governo Federal) — e devem ser atendidas pelos profissionais da área técnica.
Todas as ações podem ser avaliadas por indicadores de clima interno, motivação, percepção e satisfação dos colaboradores e envolvidos na empresa, descobrindo os pontos problemáticos que estão prejudicando a dinâmica e aqueles que são positivos na organização.
Mas, além da ergonomia, existem outras estratégias que uma empresa deve investir para melhorar a qualidade de vida, produtividade e serviço dos colaboradores e potencializar os seus resultados.
Fonte: https://www.ludospro.com.br/blog/ergonomia-organizacional#:~:text=Ergonomia%20organizacional%20%C3%A9%20toda%20pr%C3%A1tica,outros%20aspectos%20do%20contexto%20empresarial.