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Estratégia focada na saúde e segurança.
Em uma pesquisa realizada pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, as empresas indicaram que à alta importância dada a esses assuntos está relacionada, principalmente, à preocupação com o trabalhador, à maior conscientização e à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. Das 500 médias e grandes organizações ouvidas pelo estudo, 48% delas afirmaram que aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde de trabalhadores reduzem as faltas ao trabalho. Além disso, para 43,6% a produtividade do chão de fábrica aumenta com a presença desses programas e 34,8% dizem que realizar essas ações reduz o custo final de produção. Para 76,4% dos entrevistados, a área ainda deve ganhar bem mais atenção nos próximos cinco anos.
O presidente da Associação Brasileira das Empresas Operadoras de Pharmacy Benefit Management, Luiz Carlos Silveira Monteiro, destaca outro ponto que precisa ser mudado nas companhias: a cultura da doença. Para ele, essa postura vai contra as tendências de maior sucesso, que investem no estímulo à saúde. “Esse novo modelo de Gestão de Saúde Populacional tem como base um mapeamento completo do seu público, que permite conhecer detalhadamente o perfil de risco e demandas particulares. Em seguida, deve-se construir uma estrutura que incorpore as necessidades apontadas no levantamento anterior, sempre tendo em vista as características de cada empresa.”
Ele aponta que, com base nos estudos realizados, foi possível verificar que 20% dos usuários consomem 80% dos recursos da área. “A identificação desse público vai contribuir para a criação de programas de promoção e prevenção à saúde, reduzindo significativamente os custos com operadoras de saúde”, afirma. É por isso que as empresas precisam colocar a saúde e segurança do trabalhador como chave de sua estratégia para obter sucesso em longo prazo e garantir a satisfação de seus empregados.
Influência psicológica
Qual o papel das organizações na saúde mental de seus funcionários? O estudo Cultura organizacional, planejamento estratégico e a saúde do trabalhador, realizado por diversas pesquisadoras de Santa Maria/RS mostrou que há uma íntima ligação entre esses fatores, podendo levar prazer ou sofrimento dependendo dos casos. “Pode-se perceber que o trabalho pode sim muitas vezes se tornar fonte de insatisfação e/ou sofrimento, entretanto, uma vez que o próprio colaborador pode criar defesas para evitá-lo, torna-se um efeito individual”, afirmam.
Segundo as autoras da pesquisa, é nesse ponto que a psicologia deve ser inserida nas organizações. “[A psicologia] busca tornar o que é sofrimento em prazer, ou seja, empoderar o sujeito para lidar tanto com o sofrimento, como com a satisfação para com o trabalho.”
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