O profissional de Ergonomia

 

A profissão ergonomista ainda não é regulamentada pelo Ministério do Trabalho, entretanto, esta é uma atividade que exige muito conhecimento para sua atuação. A legislação não exige nenhum tipo de formação em ergonomia, mas é preciso atender a lei, ou seja, às exigências da Norma Regulamentadora (NR 17).

 

Principais características do profissional de ergonomia

Os profissionais de ergonomia devem estar atentos ao funcionamento da empresa como um todo, procurando analisar e oferecer soluções para possíveis riscos. Sua função é gerenciar as questões ergonômicas que envolvem a empresa e, para isso, precisa ser um bom ouvinte e comunicador, além de ter um perfil observador.

Ele deve ter a capacidade de fazer uma leitura das necessidades laborais da empresa e ter qualidades relacionais e organizacionais para provocar mudanças no ambiente. Além disso, deve ter a habilidade de reconhecer as soluções mais adequadas para o espaço laboral ou para o uso de um produto.

Esse profissional também deve contribuir para que problemas e prejuízos não ocorram, tornando cada vez mais eficiente os procedimentos de controle e de regulação das condições adequadas de trabalho. Para isso, é importante que ele tenha um perfil analítico e decisor.

 

Quais são as atividades do ergonomista?

Pensando que os ambientes ocupacionais devem ser adaptados às características psicofisiológicas dos usuários, levando em consideração fatores como saúde, conforto, segurança e bem-estar, existem algumas atividades que precisam ser desenvolvidas pelos ergonomistas. Veja, a seguir, algumas delas:

– Avaliar as influências das condições de trabalho para a saúde do trabalhador;

– Acompanhar aspectos psicológicos, psicossociais e emocionais dos profissionais;

– Controlar riscos à saúde humana;

– Sugerir soluções para problemas relacionados a ergonomia e saúde do ambiente.

 

Conhecimentos específicos

A ergonomia é uma disciplina interdisciplinar e, por isso, consegue agregar profissionais de diferentes áreas. Porém, mesmo sem exigência de um curso específico na área, é importante que os ergonomistas saibam sobre anatomia, fisiologia, antropometria, biomecânica, psicologia, fisiologia, doença de trabalho, riscos ambientais, segurança do trabalho, entre outros conhecimentos.

Portanto, o ergonomista, hoje, além de assumir competências técnicas descritas na NR 17, precisa dominar as metodologias de análise de risco, ter conhecimento em legislação e também compreender tendências comportamentais. Ou seja, ele deve ter conhecimento do que acontece dentro da empresa como um todo para trabalhar de uma maneira eficiente.

Para isso, precisa estar familiarizado com a situação econômica da empresa, atuar em conjunto com a parte médica e ao lado da área de produção. A ideia é não ser apenas uma analista de risco, mas sim aquela pessoa que tem a solução para qualquer tipo de entrave e consegue antever problemas.

 

Análise Ergonômica do Trabalho (AET)

Existe uma grande dúvida no mercado se o profissional de ergonomia é a pessoa indicada para fazer a Análise Ergonômica do Trabalho (AET), até porque a NR 17 não determina quem pode elaborar essa análise. No entanto, o ergonomista da sua empresa está apto para essa função. Então, não deixe de incluir essa função no escopo de atividades do gestor ergonômico.

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Fonte: https://pro-labore.com/saiba-qual-o-perfil-do-profissional-de-ergonomia/

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