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Patrões e empregados têm responsabilidades com a segurança no ambiente de trabalho. É óbvio? Parece
Escrevo aqui para os trabalhadores que querem cada vez mais ter direito à segurança e saúde do trabalho — e, claro, para os profissionais responsáveis em promover tais medidas de prevenção de acidentes de trabalho. Desta vez, insisto, a análise é para todos, empregados e empregadores.
É comum ouvir que patrão não liga para a segurança do trabalho. Sim, cabe, por lei, à empresa providenciar todos os investimentos para garantir a integridade de seus funcionários. E as pessoas não gostam de ser forçadas a nada, e isso faz parte da natureza humana. As normas regulamentadoras relativas à segurança e à medicina do trabalho são exigências obrigatórias do Ministério do Trabalho e devem ser cumpridas pelos setores privados e públicos. O empregador que descumpre as NRs sofre penalidades quando há fiscalização dos auditores de trabalho e, logicamente, ninguém gosta de pagar multas previstas na legislação. Mas, repetir como um bordão, que todo patrão não se preocupa com segurança do trabalho já é uma generalização preconceituosa que não contribui para a redução dos acidentes de trabalho. Primeiramente, porque as causas desses acidentes são diversas, e a melhor maneira de se evitar os infortúnios laborais é por meio de conscientização de todos, patrão e empregado. E não é difícil fazer o empregador entender que trabalhador afastado por doença ou acidente é perder dinheiro.
A reflexão solicitada no início deste post é para que as implicâncias contra as empresas e empregadores, como se eles fossem sempre os vilões das histórias em quadrinhos, não prevaleçam sobre o bom-senso. Quer saber, se há patrão que não compra o equipamento de proteção individual para seu empregado, também há trabalhador que recebe o EPI, mas não gosta de usá-lo. Nesse caso, se ocorre um acidente com ele, será que não se deve chamá-lo à responsabilidade?
No ambiente ocupacional, já passou da hora de se enxergar que tanto empresas como funcionários devem cumprir com seus deveres. Ninguém quer que trabalhadores tenham suas carreiras encerradas precocemente por causa de um grave acidente, assim como empresas sejam fechadas porque foram punidas sob as penas da lei.
Quem perde com a insensatez é a sociedade.