Pirâmide de Heinrich

Você já se imaginou trabalhando em uma empresa que não te oferecesse segurança? Imagine que você vai executar atividades no trabalho com riscos de parar em um hospital, como você se sentiria?

A segurança do trabalho é muito importante para qualquer tipo de empresa e por isso os estudos dessa temática só crescem. Dentro deste contexto, a Pirâmide de Heinrich é fundamental para entender como prevenir acidentes e garantir produtividade e qualidade em seus processos e produtos. Segundo um estudo feito pelo Ministério do Trabalho, mais de 700 mil acidentes de trabalho acontecem por ano no Brasil. Percebe o quão alto é esse valor?

A maior parte desses acidentes ocorrem por descuido dos funcionários ou pela falta de condições que deveriam ser fornecidas pelas empresas. Se você tem interesse em mudar esse cenário brasileiro, este artigo foi feito para você! Vamos te ajudar a saber por onde começar.

O que é a Pirâmide de Heinrich?

A Pirâmide de Heinrich, ou também conhecida como, é uma ferramenta que serve para quantificar as anormalidades quanto a segurança, e permite monitorar esses eventos por nível de gravidade e compará-los ao longo do tempo. Além disso, a Pirâmide de Heinrich classifica esses eventos em níveis de gravidade.

Esta ferramenta tem como objetivo reduzir os acidentes de maneira progressiva, mas diferentemente do que você deve estar imaginando, os problemas não começam a ser atacados por uma extremidade, e sim pelas duas extremidades de maneira paralela!

A pirâmide de heinrich é considerada uma das principais ferramentas na implementação do pilar técnico de segurança do World Class Manufacturing, uma das mais modernas metodologias da melhoria contínua.

Quais as principais teorias de Heinrich e sua importância?

Herbert William Heinrich é considerado o pioneiro nos estudos de segurança do trabalho e trouxe muita bagagem para que esses estudos fossem aperfeiçoados e implementados dentro das organizações.

Em sua obra Industrial Accident Prevention, publicado na década de 30, Heinrich defendeu que todo acidente possui uma ou mais causas. Isso parece um pouco óbvio, né? Entretanto, isso serviu como um pontapé inicial para suas análises em acidentes que ocorriam nas empresas e assim, construir duas teorias que foram muito importantes para a redução dos acidentes.

1. Teoria do dominó

Heinrich explica como os acidentes são causados dentro das empresas, e com isso, como buscar maneiras de evitar que qualquer acidente ocorra. Nesta teoria, o acidente é representado por cinco peças de dominós, posicionados de maneira que quando o primeiro cai, os outros vão caindo em sequência.

Essa analogia é importante para entendermos as causas de um acidente e buscar eliminar qualquer risco, através da Pirâmide de Heinrich. As peças são definidas como:

  • Herança Genética: Se refere aos comportamentos herdados ou desenvolvidos das pessoas no ambiente de trabalho.
  • Falha das pessoas: Essa peça diz respeito aos maus comportamentos, como falta de atenção, violência ou o ato de não se importar com as práticas de segurança e outras.
  • Ato inseguro: Essas falhas das pessoas acabam levando a atos inseguros, aumentando os riscos mecânico ou físico.
  • Acidente: O conjunto de atividades inseguras com os riscos físicos e mecânicos gera um aumento das chances em ocorrer um acidente.
  • Lesão: A lesão é resultante dos acidentes e podem atingir níveis diferentes de gravidade, como por exemplo fraturas ou ferimentos no corpo do trabalhador.

Você deve estar se perguntando o que isso tem a ver com a Pirâmide de Heinrich, certo? Não se preocupe, eu vou te explicar. Esses conceitos foram fundamentais para analisar os acidentes de trabalho e, assim, concluir seus estudos e resultados como Pirâmide de Heinrich.

2. Teoria da Pirâmide de Heinrich

Você tem interesse em saber como a ferramenta Pirâmide de Heinrich utilizada na melhoria contínua surgiu? Como ela se tornou tão famosa? Ou por que ela é tão importante para a implementação da segurança nas organizações?

Heinrich realizou mais de 70 mil análises de acidentes de trabalho e chegou a conclusão de que a cada 1 (uma) lesão grave ou acidente com morte corresponde a 29 lesões leves e 300 acidentes sem lesões. A pirâmide mostra os acidentes de trabalho com e sem lesão, e pode ser interpretada como ocorrências de anormalidades derivadas dos atos de insegurança presentes nas organizações.

Portanto, a partir de seus estudos surgiu a necessidade das empresas em se preocupar com a prevenção desses acidentes, discutindo atitudes, habilidades e conhecimentos dos colaboradores. Além disso, também entrou nessa pauta as precarizações do trabalho.

Você deve ter percebido que o conceito da Pirâmide de Heinrich apresentado no primeiro tópico possui uma abordagem um pouco diferente da sua teoria, né? Lá em cima eu disse que era uma ferramenta de aplicação e aqui o resultado de um estudo. Isso aconteceu porque se passaram muitos anos e seus estudos foram se aperfeiçoando, tomando outros nomes e aplicações. Vamos conhecer os principais, a Pirâmide de Bird e de Desvios.

O que é a pirâmide de bird?

A pirâmide de bird surgiu quase 30 anos depois que a pirâmide de Heinrich e ganhou esse nome por conta do seu criador, Frank Bird Jr., que acrescentou à teoria 4 pontos considerados essenciais para medidas de prevenção de acidentes e perdas:

  • Informação
  • Investigação
  • Análise
  • Revisão do processo

Seu estudo envolveu mais de 90 mil análises de acidentes, porém na obra publicada foi considerado apenas 1750 mil, em mais de 290 empresas, e concluiu que os acidentes de menor gravidade devem ser evitados para que os mais graves não ocorram.

A sua pirâmide resultou na proporção de que a cada 1 acidente com morte ou lesão grave correspondiam a 100 lesões leves e 500 acidentes sem lesões. Além disso, Bird foi além das análises que envolviam acidentes com pessoas e estudou as perdas de patrimônios causadas por esses eventos também.

Ainda não acabamos, falta a última pirâmide, a pirâmide de desvios. Você pode encontrar esses diferentes nomes para representar cada uma delas, então vamos entender o último.

O que é a pirâmide de desvios?

Sabe a Dupont? Aquela empresa que também foi responsável pela criação do nylon, um material muito usado em eletrodomésticos, para corda de violão ou linha de pesca. Então, essa mesma empresa também investiu estudos em e criou a pirâmide de desvios.

Heinrich e Bird focaram seus estudos em perdas que poderiam gerar indenizações para as empresas. Já a Dupont foi mais longe, e além de considerar as perdas, ela gerou esforços para focar na prevenção de riscos.

Em vista disso, a pirâmide ficou ainda maior, considerando desvios na proporção de que para cada 1 acidente fatal, correspondia a 30 acidentes com afastamento, 300 acidentes sem afastamento, 3 mil incidentes e 30 mil desvios.

Mas afinal, o que podemos concluir em relação as três pirâmides e qual delas eu devo utilizar para garantir a redução de acidentes nas empresas?

O que elas têm em comum e qual devo utilizar?

Primeiramente, observa-se que de uma pirâmide a outra, a proporção aumenta em 10 vezes, e que as faixas da pirâmide também aumentam. Isso significa que passaram a considerar mais critérios para classificar as gravidades dos acidentes e isso é muito importante para saber como atacar cada uma das faixas.

Para que você aplique os conceitos que aprendeu aqui nas empresas, é necessário considerar que cada empresa possui suas particularidades, portanto, você deve criar os seus próprios parâmetros e analisar os acidentes em cada faixa da pirâmide. Mas vale ressaltar que após ter a Pirâmide de Heinrich elaborada segundo as análises da sua empresa, é necessário atacar as duas extremidades ao mesmo tempo e de maneira progressiva.

Fonte: https://www.voitto.com.br/blog/artigo/o-que-significa-piramide-de-heinrich

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