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Qual o padeiro que não vai querer trabalhar numa panificadora ergonômica?
Ao adotar a ergonomia no contexto ocupacional da padaria, além de ser uma questão de eficiência, fazendo as coisas do jeito certo, os empregados cansam-se menos e produzem, mais. Aí vão as dicas: quando a questão é levantamento de peso dos sacos de farinha, o empregado deve saber que o mais importante é saber como fazê-lo. Quando for movimentar uma carga, sempre que possível, seu transporte deve ser feito com a ajuda de equipamentos como ‘carro tartaruga’.
Nada de brincar de competição de halterofilismo, porque quem trabalha em padaria não precisa levantar 263 quilos, maior peso já levantado numa competição olímpica. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. No quesito de movimentação de cargas, o melhor sempre é utilizar carrinho de transporte de carga, que é mais adequado ao peso que se está transportando. Mas, se o empregado precisar mover cargas manualmente, é fundamental fazer do jeito certo. Na movimentação manual de cargas é preciso seguir um modo de preparo. Ou seja, antes de mover uma carga, o funcionário deve observar as condições do piso, para identificar possíveis obstáculos. O levantamento do peso deve ser realizado com o auxílio das pernas e não das costas. Além do mais, lembre-se de manter a carga próxima ao tronco e os pés separados para distribuir melhor o peso. Nessa tarefa, a ergonomia pode aumentar o conforto e diminuir o esforço exigido para sua realização. O ideal é adaptar o trabalho ao trabalhador. Quem cuida de si numa jornada dentro da padaria precisa ser proativo, prestando atenção em sua postura e mantendo a coluna ereta. Lembre-se de que não haverá sempre um técnico de segurança, alertando o empregado para a forma correta de levantar os sacos, não é mesmo?
Sobre as condições ambientais, os profissionais de segurança e saúde ocupacional estão sempre em busca de soluções para indicar aos empregados operacionais, deixando-os mais confortáveis. Seja para reorganizar tarefas ou fazer ajustes no espaço da padaria.
No caso de áreas com produção de calor, um sistema de exaustão é essencial, pois contribui para manter a temperatura apropriada. Os uniformes e vestimentas devem ser compatíveis ao espaço de trabalho. Da mesma forma, os móveis do local devem permitir liberdade de movimentos, e seus utensílios devem ser certos para cada tarefa. Naturalmente, para o conforto dos olhos, a iluminação do local deve ser efetiva, com a fonte de luz sendo natural ou artificial.
A claridade da iluminação deve ser uniformemente distribuída e difusa, evitando ofuscamento, reflexos, incômodos, sombras e contrastes excessivos. Por fim, a organização do trabalho contribui tanto para a segurança do empregado, como para sua produtividade. Decisões simples podem fazer uma grande diferença. Um exemplo para ter mais liberdade de movimentos corporais é quando o trabalhador tem mais controle sobre seu esforço, reduzindo o desgaste nas atividades repetitivas. Ao executar uma tarefa, o ideal é mantê-la mais próxima de seu corpo. Por exemplo, modele as massas próximas ao corpo.
Em panificadoras, é bom lembrar que a capacidade produtiva varia muito de uma pessoa para outra. Por isso, é recomendável adaptar as tarefas e postos de trabalho às circunstâncias, na medida do possível.