Quanto custa um acidente de trabalho?

Um acidente de trabalho a cada 49 segundos. Esse foi o número de registros no país entre 2012 e 2019. Só no ano passado, foram mais de 2 mil mortes em decorrência de acidentes ligados à atividade laboral, segundo o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho.

Os danos decorrentes da perda de uma vida são incalculáveis, e soa até insensível estimar um valor em dinheiro para tal ainda mais se comparado com as sequelas e traumas deixados pelo acidente.

Porém, além de todos o danos à vida do trabalhador, à sua família e ao ambiente de trabalho, os acidentes causam grandes impactos às finanças da companhia e a economia do país.

Qual o preço de um acidente para o empregador?

Embora seja difícil mensurar o real valor desprendido por um acidente, dados do SEST Senat revelam que esse custo pode chegar R$ 406.257,00, e variar por tempo de trabalho ou por tempo de parada.

Em seis anos, o país perdeu 367 milhões de dias de trabalho por afastamentos e acidentes. Seja pela ausência do trabalhador, ou, pela parada da área em decorrência do acidente. Já o gasto da Previdência com Benefícios Acidentários no período foi de R$ 82 bilhões.

Pode-se separar os custos em três: custos diretos, indiretos e judiciais. Confira abaixo o detalhamento de cada um deles.

Custos Diretos

Os custos diretos abrangem todas as despesas relacionadas ao atendimento do funcionário acidentado, tais como:

  • Tratamento médico

  • Odontológico

  • Internação

  • Recursos farmacêuticos

  • Procedimentos cirúrgicos

  • Auxílio acidente em caso de sequela

Além disso, o empregador também é responsável pelo tratamento de reabilitação, pelo seguro acidente e pelo transporte do colaborador acidentado durante todo o tempo de tratamento. Os primeiros quinze dias de afastamento do colaborador são também bancados pela empresa.

Custos Indiretos

Além dos custos acima que são diretamente ligados ao tratamento do acidentado, a empresa possui os custos indiretos relacionados ao acidente. Nesse conjunto entra despesas como:

  • Substituição do trabalhador acidentado

  • Reparo da máquina ou ferramenta que causou o acidente

  • Despesas com perícia e analistas de segurança

  • Atrasos no cronograma de produção e entrega

Outros custos indiretos contemplam desde a paralisação do setor após o acidente para avaliação do maquinário e local, até a repercussão negativa à imagem da companhia dentro e fora dela.

Custos Judiciais

Os custos judiciais são os mais lembrados pelos empregadores ao pensar em acidentes e talvez sejam os maiores.

Acidentes de trabalho, em sua grande maioria, geram ações judiciais e com isso:

  • Gastos com honorários de advogados – tanto da empresa quanto do funcionário

  • Indenização do funcionário – que varia de acordo com tipo e gravidade do acidente

Trabalhe na Prevenção

Todos os acidentes são evitáveis e a única forma de reduzirmos as estatísticas, salvar vidas e recursos da empresa, que poderiam ser aplicados em pesquisa e inovação, é investindo em prevenção.

Esse trabalho abrange tanto uma Cultura de Segurança com treinamentos, palestras, trabalho de conscientização e ações corretivas, quanto a adoção de medidas de segurança nas áreas.

Por isso, identifique todos os riscos a que os funcionários podem estar expostos: da fábrica ao escritório, alerte-os e crie procedimentos de trabalho e regras de conduta.

Por fim, cabe ao empregador fornecer ferramentas de segurança, como bloqueios de máquinas, sinalização de aviso, identificação de equipamentos, e itens e proteção individual e coletiva. 

Fonte: http://blog.seton.com.br/

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