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São Paulo avança na redução da quantidade de acidentes do trabalho
O tema vem ganhando relevância dentro das corporações dia após dia. A mais recente pesquisa feita pelo Serviço Social da Indústria (SESI) mostra que 71,6% das indústrias estão dando prioridade à gestão de segurança e saúde dos trabalhadores. Na opinião de 76,4% dos entrevistados, o grau de atenção da indústria brasileira com o tema deve aumentar nos próximos anos. Na capital paulista, um dos aliados dos gestores tem sido o eSocial. Um sistema do governo com informações relativas aos trabalhadores, como vínculos, contribuições previdenciárias, folha de pagamento e comunicações de acidente de trabalho.
Com a plataforma, é possível fazer a transmissão eletrônica desses dados. Segundo especialistas, o processo simplificará a prestação das informações referentes às obrigações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. Como consequência, reduzirá a burocracia para as empresas, além de viabilizar a garantia aos direitos previdenciários e trabalhistas. Para Pedro Caliari, supervisor de Qualidade de Vida do SESI-SP, esse é um caminho que não tem mais volta, levando em consideração a qualidade de vida dos funcionários e uma maior produtividade das empresas.
“Enxergo que há avanços hoje. Uma preocupação muito grande das empresas em relação a gestão das políticas para prevenção de segurança no trabalho, haja vista a implementação do eSocial. Não há como as empresas fugirem disso hoje. É uma condição da empresa continuar seu negócio. Se não tiver uma política interna da empresa e um grupo pensando nisso, estrategicamente, não vejo como a empresa sobreviver”, pondera o supervisor.
A iniciativa envolve desde diagnóstico para entender as causas de afastamentos do trabalho a propostas de soluções, como criação e mudanças em políticas de SST da empresa e melhor gerenciamento de exigências legais para evitar custos adicionais com, por exemplo, o Fator Acidentário de Prevenção (FAP).
Outras medidas estão sendo levantadas pelo setor produtivo para aumentar a produtividade e a competitividade das indústrias, como mostra o estudo elaborado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), enviado aos candidatos à presidência da República. Uma das propostas é permitir que o serviço médico da empresa (próprio, contratado ou por convênio) possa subsidiar a perícia médica do INSS, para deixar os casos de afastamentos mais transparentes, com maior efetividade à decisão do perito.
Além disso, dará segurança jurídica às empresas na constatação fundamentada. “Uma indústria com números reduzidos ou sem acidentes de trabalho se torna mais competitiva sem dúvida, isso reflete em um monte de índices dela, índice de FAP, RATI, consegue reduzir seus custos trabalhistas , seus custos por acidente ou, no caso de conseguir evitar todos acidentes, gerará mais economia e a tornará mais competitiva, sem dúvida”, aconselha Pedro Caliari.https://www.mundorh.com.br/sao-paulo-avanca-na-reducao-da-quantidade-de-acidentes-do-trabalho/