Suicídio por causa do trabalho pode ser evitado

 

Acho todo suicídio chocante, mas quando esse ato extremo está relacionado ao trabalho, não poderia deixar de tratar neste espaço, até por não ser um assunto novo, apesar de tabu. Já imaginou uma trabalhadora se atirar de uma janela do edifício da empresa? Ou outro funcionário tentar se matar cravando uma faca no abdômen em plena reunião de trabalho quando soube da supressão de seu cargo? Esses dois casos não são fictícios e aconteceram no mundo real. Mas, afinal, o que leva uma pessoa a querer se suicidar por causa do trabalho?

Não dá para analisar esse tema sem lembrar as questões ligadas ao assédio moral e sexual, cada vez mais recorrente no ambiente laboral. Um empregado que está sofrendo o assédio no local do trabalho vai, aos poucos, sentindo-se frágil psicologicamente. A cada dia, durante oito horas, o trabalhador vítima de assédio sente-se, por vezes, impotente frente ao problema. Combater a violência moral deve fazer parte da política das empresas, que prezam por ambientes saudáveis. Antes dos casos de assédio chegaram aos tribunais, é preciso que as empresas criem um canal de diálogo genuíno, para que as vítimas tenham coragem de denunciar o agressor e que providências sejam tomadas. O trabalhador precisa sentir-se apoiado e seguro no contexto da organização. Além desse fator desencadeador de um desequilíbrio emocional, que pode evoluir ao ato de suicídio, é preciso reconhecer que a instauração de um ambiente corporativo supercompetitivo, com pressões por cumprimento de metas absurdas, também desestabiliza pessoas mais suscetíveis à depressão.

Uma empresa que não quer ter seu nome associado a casos de suicídios deve investir em ações preventivas, criando mecanismos para ouvir os funcionários até mesmo em busca de indicação que possa identificar quem pode ter mais tendência a cometer uma atitude extrema. As empresas precisam ter profissionais capazes de reconhecer os sinais de danos mentais e físicos de um trabalhador que sofre assédio ou sente-se pressionado por cumprimento de metas. A tristeza, a falta de vontade de se relacionar com os colegas ou mesmo a vontade de não ir trabalhar são sinais que denunciam algum tipo de problema. As empresas preocupadas em prevenir o suicídio de empregados podem criar ouvidorias internas com contato com os médicos do trabalho, não apenas para planejar ações como para acolher trabalhadores em busca de ajuda. Assistir o trabalhador que sofre pode ser lucrativo à empresa, pois os vivos e motivados rendem mais.

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