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UM GUIA SOBRE FERRAMENTAS E CERTIFICAÇÕES DA ANÁLISE ERGONÔMICA
As ferramentas ergonômicas ajudam na identificação de cargas e sobrecargas de trabalho que podem levar o trabalhador a sofrer lesões musculoesqueléticas. Elas auxiliam na prevenção ao grande número de problemas associados à segurança, saúde, conforto e eficiência.
Quer entender melhor sobre ferramentas e certificações da análise ergonômica? Então continue a leitura deste post!
Análise Ergonômica do Trabalho (AET)
Conforme a Norma Regulamentadora (NR 17), para avaliar a adaptação das condições laborais, os riscos ergonômicos que se encontram nos postos de trabalhos, nas máquinas, equipamentos e na realização da atividade profissional, cabe à empresa realizar a Análise Ergonômica do Trabalho (AET).
Ela tem como objetivo observar e analisar o profissional no local onde exerce sua função, verificando as relações existentes entre as doenças, acidentes e produtividade com as condições de trabalho e o ambiente organizacional, buscando torná-lo mais seguro, confortável e produtivo.
Para sua aplicação existem as ferramentas ergonômicas (PSDA, Moore e Garg, RULA, OWAS) que aceleram a análise e apresentam os perigos que o trabalhador está submetido ao realizar determinada atividade.
Ferramentas ergonômicas
Por meio dessas ferramentas, é possível diagnosticar situações que mais prejudicam a saúde do trabalhador, a fim de torná-las compatíveis com as necessidades, habilidades e limitações das pessoas.
PDSA
PDSA (antigo PDCA) significa:
Plan (planejamento) – identificação das demandas;
Do (execução) – análise das demandas;
Study (estudo) – definição das ações;
Action (ação) – implementação das ações.
É muito usado para gerenciamento de processos ou de sistemas, mas também aplicado na resolução de problemas crônicos ou críticos, que afetam o desempenho de qualquer projeto ou serviço. Assim, ele tem sido amplamente utilizado para a solução de problemas ergonômicos.
A metodologia adotada conta com definição de metas, execução de ações estabelecidas, comprovação de sua eficácia, assim como a atuação contínua sobre o ponto de atenção identificado.
Moore e Garg
Job Strain Index (ou índice de esforço) foi desenvolvido em 1995 por J. S. Moore e A. Garg, por isso, também é conhecido pelos seus nomes.
Esse método analisa se os trabalhadores, ao executar suas funções, podem desenvolver doenças musculoesqueléticas da parte distal dos membros superiores — mãos, punhos, antebraço e ombro — devido aos movimentos repetitivos.
Nele são considerados os seguintes aspectos:
intensidade e duração do esforço;
postura da mão e do punho;
velocidade do trabalho;
duração da tarefa;
ciclo de trabalho.
RULA
Rapid Upper Limb Assessment (RULA) foi desenvolvido em 1993 por McAtamney e Corlett, tem como objetivo a classificação integrada de riscos de lesões musculoesqueléticas dos membros superiores ligadas ao trabalho (LMEMSLT).
Utiliza figuras de posturas do corpo e três tabelas que avaliam o nível de exposição a fatores de risco, sendo analisados em três estágios:
identificação da postura de trabalho;
aplicação de sistema de escore;
aplicação de escala de níveis de risco.
O RULA é uma ferramenta que permite uma análise postural rápida, que foca mais na realização de atividades estáticas ou repetitivas, ideal para ser aplicado em colaboradores de escritório e atividades que requerem maior esforço dos membros superiores.
OWAS
Ovako Working Posture Analysing System (OWAS) foi desenvolvido pelos finlandeses Karhu, Kansi e Kuorinka em 1977, e tem por objetivo avaliar e detectar as posturas inadequadas assumidas pelos funcionários na execução de uma atividade.
Esse método é de fácil aplicação e muito eficaz no acompanhamento das atividades, pois mostra as áreas anatômicas mais prejudicadas, além das atividades mais nocivas e, assim, direciona por meio dos resultados melhorias para o posto de trabalho.
A importância de um sistema preventivo
Todas as ferramentas apresentadas são fundamentais para que a organização possa manter um sistema preventivo, uma vez que, doenças oriundas de atividades laborais e acidentes de trabalho, podem causar perda de mão de obra e prejuízos trabalhistas.
Ressaltamos ainda que a análise ergonômica só pode ser realizada por um profissional especializado em ergonomia, capaz de identificar os problemas do ambiente e propor soluções para corrigir os erros que estão influenciando no desconforto dos trabalhadores.